De uma carta que achei para Thais Rafhaela
Thais Rafhaela,

E que me
seriam necessário dias incontáveis para revelar em tuas fortes e robustas
cidadelas os louvores eloqüentes de tua pessoa, pois sendo eu tão pequeno, me
menosprezo diante da grandeza de tuas afinadas e tão zelosas qualidades. Mais neste
ressoar de data tão belíssima e maravilhosa quero contemplar em tão poucas
palavras os limiares de teus predicados. Palavras simplistas diante do fulgor
de nossa amizade, e que de tão paupérrimas, diante de teu ser, não são nada
mais do que o compêndio de nossa doce e terna amizade.
Trago escritas
em livros as coisas que passamos aquele dia em que como por força do evidente
destino, foram-se traçada as conjunturas de nossa amizade. E que por esta mesma
força foi-nos apresentado às mesas desta comunhão, nestas toalhas da vida, com
amor e afabilidade, risadas e dias de sorvete. E fazíamos com que o tempo se
eternizasse como realce de nossa fraternidade construída. Quem diria que
naquele dia em que aos fundos de nosso templo de sabedoria, seria a gênese de
nossa amizade, que nos seriam trazidos aos corações as afeições de termos
coisas em comum, e de termos também desapreços e diferenças, mais que não são
tão pequenas quando restituídas e ordenadas para o amor amigo.
Relevantes
sinais nos foram traçados. Caminhos abertos para os recintos do conhecimento.
Sabedoria nos foi concedida para tecermos palavras certas em nossas correções
fraternas e se por muito nos faltaram quando nos desentendíamos mais em perdão
nos foi acrescentado para o milagre de perdoar. Que momentos mais edificantes
nos passamos juntos. Que feitos maravilhosos realizamos, compreendendo aos
poucos o milagre da relação humana. Arquitetamos em nossas palavras e partilhas
as maravilhas da Criação, e acima disto, a intimidade de nossas almas para um
dia sermos encontrados um no outro.
Que manhãs
belas manhãs foram aquelas. E conto horas para que se cheguem logo e não
tardiamente se façam para novamente no fragor das cascatas da divisão de nossos
corações, sejam elevados os auspiciosos caminhos desse encontro. Que palavras
ditas por ti não são berço de pleno júbilo, talvez possamos fazer slides no
POWER POINT, de nossos momentos, e que tragam em si as passagens constantes
deste nosso carinho amistoso. Que um da possa nascer dias com neve em que caiam
“frocos”! Águas solidificadas nas certezas de nosso sempre carinho de amigo. E
que quais lagartas, possamos devorar as inimizades e novamente no casulo de
nosso tão belo e terno coração criar novos laços de carinho. Que novas manhãs
ressurjam e tragam em si as palavras cordiais de teu carinho que me chamam a
saborear o sabor de teu alimento: “Senta aqui, lancha comigo!”. E que possamos
ajuntar em nossos corações tamanhas lembranças dos momentos passados e olharmos
o austero futuro que nos impele cada dia. Amizade que tão humilde chegou e fez morada.
Doce amizade que se demonstrou grandiosa no recinto e nos elevou, recintos
novos de contextos inimagináveis, e que de tão novos se fez novidade aos
momentos passados.
E pode passar
o tempo, este devorador de dias, e consumidor de manhãs, tardes, e noites. Que
me seja devolvido nas consistências da memória, às palavras ditas nas mercês
deste mesmo tempo. Que regresse com o este museu pessoal. Sendo ele
colecionador de memórias passadas, aos vastos esquadrões deste mesmo, em que
vivíamos nossos momentos e os tínhamos para a eternidade. E sei que já se
coloca a postos pronto para devorar nossos dias restantes. Mas ainda possamos
presenciar os momentos que resta. Eis que já se põe em porta de nossos corações,
aquela cujo penhor mais aguça é sufocar-nos com as lembranças. Aquela cujo
rosto trás escrita como em fotografias coladas às passagens marcadas do tempo
que passamos, como um grande jornal que em seu corpo trás figuras de eternidade,
desenhadas ao punho do mesmo tempo que devora aos segundos, e minutos, dias e horas,
meses que passamos juntos. Saudade.
Saudade que
fica destes tempos que passamos juntos. Saudade que força chegar, e repassa
consigo as tristezas da partida. Saudade que como em cascas de “ozos”. Protege
na fragilidade das coisas, os regenciais da ópera da vida. Protegem sobre sua
casca os momentos, os significados repassados com os dias. Para que enfim com
regressar de nossa mente tenhamos em vista tão bela,as significativas palavras.
E sejam escritas com a pena da verdade e gravadas na parede da amizade. Na qual
ao redor de si,plantamos flores de perdão e carinho.Enfim podermos dizer: Enfim
“eramossomos” felizes.
Um comentário:
Nossa que lindo. Vc escreve muito bem!!
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