Inicío

29 de outubro de 2011

Sobre nossa amizade!


  De uma carta que achei para Thais Rafhaela 

Thais Rafhaela,

Foi viajando no compasso destas letras, nesta viagem magnífica por significados e sinais de uma presença que se vigora nas certezas, e se modifica nos contextos em que fora inserido. Viajo nos semblantes e rostos, fisionomias e faces, de cada momento seu. Das alegrias em que tecias qual radiante céu e as certezas fundamentais de nossa amizade. Nas vielas das fissuras escritas com teor do tempo, tempo que edificou saudades e memórias em nossas vidas. Das manhãs em que nos unimos qual colméia de doçura, trazendo em nossos feixes as alegrias e tristezas que nos proporcionava á vida. Tu com teu alegre jeito relavam-nos aquilo que dizia o apóstolo Paulo, “alegrai-vos eu repito,alegrai-vos”. E qual sol de nossa vida trouxe a nós o radiar de teus encantos.
E que me seriam necessário dias incontáveis para revelar em tuas fortes e robustas cidadelas os louvores eloqüentes de tua pessoa, pois sendo eu tão pequeno, me menosprezo diante da grandeza de tuas afinadas e tão zelosas qualidades. Mais neste ressoar de data tão belíssima e maravilhosa quero contemplar em tão poucas palavras os limiares de teus predicados. Palavras simplistas diante do fulgor de nossa amizade, e que de tão paupérrimas, diante de teu ser, não são nada mais do que o compêndio de nossa doce e terna amizade.
Trago escritas em livros as coisas que passamos aquele dia em que como por força do evidente destino, foram-se traçada as conjunturas de nossa amizade. E que por esta mesma força foi-nos apresentado às mesas desta comunhão, nestas toalhas da vida, com amor e afabilidade, risadas e dias de sorvete. E fazíamos com que o tempo se eternizasse como realce de nossa fraternidade construída. Quem diria que naquele dia em que aos fundos de nosso templo de sabedoria, seria a gênese de nossa amizade, que nos seriam trazidos aos corações as afeições de termos coisas em comum, e de termos também desapreços e diferenças, mais que não são tão pequenas quando restituídas e ordenadas para o amor amigo.
Relevantes sinais nos foram traçados. Caminhos abertos para os recintos do conhecimento. Sabedoria nos foi concedida para tecermos palavras certas em nossas correções fraternas e se por muito nos faltaram quando nos desentendíamos mais em perdão nos foi acrescentado para o milagre de perdoar. Que momentos mais edificantes nos passamos juntos. Que feitos maravilhosos realizamos, compreendendo aos poucos o milagre da relação humana. Arquitetamos em nossas palavras e partilhas as maravilhas da Criação, e acima disto, a intimidade de nossas almas para um dia sermos encontrados um no outro.
Que manhãs belas manhãs foram aquelas. E conto horas para que se cheguem logo e não tardiamente se façam para novamente no fragor das cascatas da divisão de nossos corações, sejam elevados os auspiciosos caminhos desse encontro. Que palavras ditas por ti não são berço de pleno júbilo, talvez possamos fazer slides no POWER POINT, de nossos momentos, e que tragam em si as passagens constantes deste nosso carinho amistoso. Que um da possa nascer dias com neve em que caiam “frocos”! Águas solidificadas nas certezas de nosso sempre carinho de amigo. E que quais lagartas, possamos devorar as inimizades e novamente no casulo de nosso tão belo e terno coração criar novos laços de carinho. Que novas manhãs ressurjam e tragam em si as palavras cordiais de teu carinho que me chamam a saborear o sabor de teu alimento: “Senta aqui, lancha comigo!”. E que possamos ajuntar em nossos corações tamanhas lembranças dos momentos passados e olharmos o austero futuro que nos impele cada dia. Amizade que tão humilde chegou e fez morada. Doce amizade que se demonstrou grandiosa no recinto e nos elevou, recintos novos de contextos inimagináveis, e que de tão novos se fez novidade aos momentos passados.
E pode passar o tempo, este devorador de dias, e consumidor de manhãs, tardes, e noites. Que me seja devolvido nas consistências da memória, às palavras ditas nas mercês deste mesmo tempo. Que regresse com o este museu pessoal. Sendo ele colecionador de memórias passadas, aos vastos esquadrões deste mesmo, em que vivíamos nossos momentos e os tínhamos para a eternidade. E sei que já se coloca a postos pronto para devorar nossos dias restantes. Mas ainda possamos presenciar os momentos que resta. Eis que já se põe em porta de nossos corações, aquela cujo penhor mais aguça é sufocar-nos com as lembranças. Aquela cujo rosto trás escrita como em fotografias coladas às passagens marcadas do tempo que passamos, como um grande jornal que em seu corpo trás figuras de eternidade, desenhadas ao punho do mesmo tempo que devora aos segundos, e minutos, dias e horas, meses que passamos juntos. Saudade.
Saudade que fica destes tempos que passamos juntos. Saudade que força chegar, e repassa consigo as tristezas da partida. Saudade que como em cascas de “ozos”. Protege na fragilidade das coisas, os regenciais da ópera da vida. Protegem sobre sua casca os momentos, os significados repassados com os dias. Para que enfim com regressar de nossa mente tenhamos em vista tão bela,as significativas palavras. E sejam escritas com a pena da verdade e gravadas na parede da amizade. Na qual ao redor de si,plantamos flores de perdão e carinho.Enfim podermos dizer: Enfim “eramossomos” felizes.

Um comentário:

Driii Dourado disse...

Nossa que lindo. Vc escreve muito bem!!