
Mas estes sinais estão sendo deixados de lado,
ou melhor, estão sendo silenciados pelo capricho individualista de alguns. Isso
mesmo acontece aqui bem perto de nós. Na paróquia São Pedro de Alcântara na QI
7 do Lago Sul, por causa do capricho de um vizinho da paróquia. Este moveu uma
ação judicial contra a igreja por causa do toque dos sinos. Ele não aceita nem
ser quer que os sinos tenham o seu tilintar diminuídos, todavia que cessem
de uma vez.
Os sinos surgiram na
Ásia. No século 9 a.C., eles já eram conhecidos na China. Cada campanário tem
uma nota musical característica e requer um estudo cuidadoso antes mesmo de ser
fundido. As notas musicais são determinadas pelas suas dimensões, forma
geométrica, diâmetro da boca e pela relação da espessura da aba, ou seja, a
parte terminal do sino e onde bate o badalo. No início do século XX, os
campanários faziam quase tudo: anunciava nascimento, parto complicado, morte,
doença grave, incêndios, missas. Por meio do ritmo é que os sineiros articulam
o toque mensageiro dos seus companheiros constantes: o garrido ou sino pequeno,
o meião ou sino médio e o bronze ou sino grande. O número de toques nas
paróquias trazia um significado. Quatro pancadas antes da missa: era sinal que
o vigário iria celebrar a oração. Cinco pancadas: o bispo comandaria a
cerimônia. Seis pancadas: quem celebraria era o arcebispo. Em alguns lugares do
país, os sinos também são utilizados em caso de morte. Há casos em que, se o
defunto fosse homem, três dobros anunciariam o falecimento. Se morresse uma
mulher, dois. Se fosse uma criança, o sino utilizado era o menor. Se fosse um
jovem, o sino médio. E no caso de adulto, o maior sino. O toque fúnebre é lento
e compassado.
Os sinos fazem parte
da vida de centenas de pessoas nas pequenas cidades do interior. Certa feita em
uma pequena cidade do interior de minha diocese de Formosa ,Cavalcante ouvi o
relato emocionado de uma senhora de idade avançada que me disse: " Meu
filho eu não posso mais ir Igreja por causa da minha idade,mas toda vez que
escuto o sino bater eu rezo e sei que Deus me escuta." O sino é realidade
transmite a voz de Deus e convida a oração.
O mais intrigante é saber que
o responsável pela ação judicial é um desembargador da justiça do DF.
O que me deixa mais triste! Porque existem tantas ações mais urgentes a serem
assistidas pela justiça do que os serviços dos caprichos pessoais de um homem
do poder judiciário. De fato basta dar uma pequena volta em Brasília e
você poderá dar-se conta de como existe muitas ações a serem feitas. Resta rezar e pedir a Deus ao coração de homens como este a
consciência do sagrado e seus signos em contato com a vida do homem.O tilintar de um sino parece ser mais importante!
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