Inicío

24 de janeiro de 2012

Quem planta colhe!


Hoje tive a grata surpresa de ir à casa da avó de minha amiga Thais Rafhaela. Uma senhora muito alegre por sinal. Em determinado momento ela disse para Thiago (irmão de Thaís) as seguintes palavras: “Agora é colocar a semente para crescer. Esperar que ela cresça e dê frutos para colher. Porque se plantamos somos capazes de colher. Quem planta colhe!” Parece uma verdade um tanto real e até simplista diante de nossos olhos. Ninguém de certo planta soja esperando que ela apodreça nos campos. Plantamos no desejo de colher bons frutos. Colhermos frutos que seja aos poucos sinal do labor que tivemos na semeadura.
Com essas palavras fiquei intrigado até que ponto tenho tido a coragem de cair no sol da vida e plantar algo para colher? Tenho medo de ter caído no comodismo e apenas esperar que as sementes caíssem dos bolsos, sem o mínimo esforço da minha parte. Tenho medo de estar colhendo o fruto dos outros e não estar plantado algo que tenha alegria de dizer que faz parte da minha semeadura. Medo de o sol secar as folhas verdade dos sonhos e das verdades que cultivei. Medo estar jogando as sementes em terrenos inférteis que são impróprios para receber as pequenas sementes da minha história.
Aos poucos percebemos com o tempo que não estamos cultivando certo. Começamos a perceber que o tempo que gastamos com a vida dos outros é o mesmo tempo que estamos desperdiçando para cultivar nosso próprio caminho. Não posso negar que nestes últimos tempos tenho ajudado outros a cultivarem seu próprio solo, e por diversas vezes me preocupei mais com o solo dos outros, ao invés de olhar para minha própria colheita. E assim somos nós! Queremos tanto que outros sejam felizes, que nos esquecemos de cultivar nossos próprios ideais e sonhos. Esquecemos que cada um tem sua trajetória. Precisamos muitas vezes perceber que não podemos sempre ajudar alguém. Que cada qual precisa cultivar sozinho as suas escolhas e caminhos. Precisamos deixar cada um abrir seu coração para sementes novas e novas realidades. Ela tinha toda razão: “Quem planta colhe!”.
Hoje decidi começar uma nova plantação. Plantação de realidade e verdade. Porque cultivar cada novo dia concede mais prazer em viver cada um deles.

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