Inicío

29 de novembro de 2011

O preço do amanhã


Outro dia tive a grata alegria de ir ao cinema ver um filme com alguns dos irmãos de turma. Assistimos ao filme “O preço do amanhã” com o ator norte americano Justin Timberlake. O filme relata um mundo em que as pessoas sobrevivem em mercê do tempo.  Cada uma possui em seu braço um relógio que é ativado quando se completa 25 anos.Eles   permanecem jovens, contudo ainda precisam conquistar tempo para viver. Este relógio serve para medir seu tempo de vida e tudo é pago com tempo: contas, mercado, festas. Etc. Pode-se passar tempo um apara outro e por isso muitos roubavam tempo de outros. O tempo é o determinante da existência de todas as pessoas é ele quem dita o seu tempo de existência. O seu destino está traçado pelo tempo que você possui.  A todo o momento você tem que conquistar mais tempo para sobreviver, o relógio não para e corre continuamente. Quando zerado, caso você não consiga mais tempo, chega ao fim sua vida.
 O mais intrigante é ver a gama de personagens do filme e a forma como elas vivem e observam o tempo que têm. Os que vivem nos guetos possuem menos tempo e por isso fazem tudo apressadamente, a grande maioria é pobre e vive em busca de mais tempo para sobreviver. Trabalham em fábricas e trabalhos braçais a fim de conseguirem viver e não possuem tempo para aproveitar a vida. Os que vivem em cidades luxuosas ( o que eles chamam de outros fusos) em melhores condições de tempo faziam tudo com calma, contudo ainda sim não sabiam aproveitar o tempo. Não eram capazes de ao menos tomar um banho de mar, pois aquilo para eles era perda de tempo. Também neste contexto existiam os que protegiam o tempo. Rigorosamente buscavam aqueles que roubavam tempo dos outros e todos os dias tinham uma cota de tempo para eles fazerem isso.
Depois deste filme pude em profunda reflexão perceber o quanto de tempo tenho perdido sem fazer aquilo que realmente importa. E quantos de nós não vivemos sufocados pelo tempo, ou com tempo para muitas coisas, contudo sem tempo para aproveitar as coisas que a vida oferece e que são essenciais. Ou então quantos de nós não nos tornamos escravos do tempo e preferimos cuidar do tempo dos outros ao invés de aproveitarmos um tempo para nós mesmos. Existe pressa de ganhar tempo para muitas coisas na vida, entretanto quando conquistamo-lo parece muito pouco para as coisas que desejamos viver. A verdade é que não é de tempo que precisamos, mas sim de serenidade para perceber as coisas pelas quais fazemos uso dele. Não é o tempo que temos que determina o valor de cada coisa na nossa vida, contudo é a intensidade de carinho e verdade que depositamos em cada novo dia.É o valor que colocamos em cada ato e atitude de nosso existir.
No filme muitas pessoas morriam por causa do tempo. Muitas delas sem ao menos terem vivido o tempo que de fato restava em sua existência. Ainda mais aquelas que tinham muito tempo. Elas eram incapazes de aproveitar cada segundo em busca de uma vida virtuosa e que de fato fosse vida. Porque uma coisa é certa: Uma vida pausada na escravidão da busca de tempo não é vida: é passagem. E assim era a vida de muitos deles. O que adiantava ter um século no relógio? Mil anos? Um milênio? E na verdade eles eram incapazes de aproveitar cada segundo de sua existência para a busca de sua própria felicidade.
O que marcou nesta obra cinematográfica foi ver um destes tais protetores do tempo morrer na perseguição destes que roubavam. Preocupou-se tanto com o tempo dos outros que se esqueceu de si mesmo. Esqueceu-se de sua própria existência. Sua vida foi reduzida a prisão de um marco temporal, reduzidos a signos numéricos que determinam o dia por convenção. E não existe tempo no mundo que compre o preço de uma vida.
 Os que têm tempo não fazem uso dele como deveriam e se tornam escravos de uma “liberdade”. Sim parece de fato paradoxal, mas estão presos a sua “liberdade”! Liberdade ainda inexistente, pois figuram escravos de seu cronômetro. Devemos agora refletir do que está sendo feito de cada momento de nossa vida? Em qual tipo de pessoa você figura? Não deixe que o tempo diminua os dias de teu existir! Será que é o tempo determinante de uma existência? Será o tempo determinante das alegrias e marcas que existem em nossa vida? O tempo pode nos escravizar? A resposta para muitas destas e outras perguntas estão contidas na intimidade de cada um de nós. A minha resposta já foi dada: Um tempo sem a intensidade da vida é apenas um relógio que marca passagem.

15 de novembro de 2011

Sobre a saudade e outras coisas de sua realidade.


De todos os sentimentos e atitudes do coração que me intrigam, existe uma em particular que move os meus pensamentos e sentimentos do coração. Ela parece uma resposta do coração aos tempos antigos, ou até mesmo aos presentes que não são vividos com a intensidade do coração. Saudade. Ela parece que chega sem percebemos, sem que sintamos sua gênese em nossos corações e quando nos damos conta já estamos sentido. Não faz alarde, não grita. Ela chega aos poucos e quando nos damos conta já se faz sentada ao nosso lado. Só temos uma certeza sobre a saudade: “Só se tem saudade do que é bom”. A saudade sem sombra de dúvida é a resposta do coração para o significado que partiu. Para a perda de um significante em nossa vida. Os vazios da saudade são as consequências de um coração que deixou em outro suas marcas. Aquele que parte leva sempre um pedaço de nós.
A saudade se forma no coração com o apreço que temos por alguém. Ela se apropria dos sentimentos bons que nascem no coração e faz deles motivo para amarmos, apreciarmos e queremos bem. Constrói significados e estes por sua vez completa a vida daqueles que o recebem. Saudade é traiçoeira. Ela não procura nada mais do que confirmar aquilo que já sabíamos: O amor que temos por algo.  Só sentiremos saudades daquilo que muito amamos. Quanto maior a saudade, maior será o peso do significado que aquele tem para nós.
O intrigante da vida é que ela esta repleta de saudades. O homem de segundo em segundo edifica casas de saudade em seu ser. Ele edifica as bases no momento em que confia seu ser, sua amizade, seu coração, sua vida a outro. Nasce no amor toda saudade. Todas as vezes que confiamos todas essas realidades a alguém, naquele instante assinamos nosso contrato de saudade. E ela vem com toda certeza fazer as cobranças deste termo assinado com a vida. Saudade não perdoa nenhum coração. Todos os corações estão propensos à saudade e todos estão predispostos a viver essa realidade silenciosa.
Por estes tempo pude ir ao aeroporto deixar um amigo que partia. Ele iria ficar alguns meses fora. Iria fazer um curso de especialização no México. E ali pude comtemplar as facetas da saudade. Aqueles que partiam sentiam a dor do deixar e os que ficavam a dor do partir. A saudade é uma via de duas mãos. Quantos corações ali sentiam esse sentimento. Creio que se existisse um instrumento mecânico capaz de medir a saudade, naquele instante ele marcaria um elevado nível de saudade em todos que ali estavam. Não sei por que aeroporto, rodoviária, estação de trem para mim já tem sinônimo da saudade. E quem já passou pela mesma experiência sabe bem o que digo.
O mais importante da saudade é saber que os que partem não partem por completo, e os que ficam ainda sentem a presença. O abraço da despedida não quebra as forças da presença. O que move os sentimentos da saudade é a certeza de que aqueles que se separam estão tão mais íntimos de si. A força do coração trata de unir as distâncias. Vale bem o trecho da canção que diz: “Sair não é deixar. Estar não é cuidar. Perto estas se dentro estas. Crescer não é mudar. Cuidar não é ficar, fica tua vida em mim. Sair não é deixar. Estar não é cuidar, perto estas se dentro estas.”.

6 de novembro de 2011

Teu Mundo


Todas as vezes que nos encontramos tenho a impressão de estar distante de você. Parece que nossos caminhos por muito se desencontram e parece não se cruzar. Estamos como linhas paralelas no mesmo traçado da vida, contudo parece que em nenhum ponto desta reta nos encontramos. Estamos dispostos a nos encontrar, um encontro aparências e sem os sentidos que um real encontro pede ao coração. Somos universos distintos no mesmo cosmo. Somos planetas longínquos na mesma galáxia. O certo é que nossos mundos estão tão além de si. Estamos tão convergentes a distância que quando estamos próximos parece que nada nos atrai. Um encontro sem encanto, sem olhares que se trocam, sem apertos de mão, sem abraços que coloquem sentido do real naquele momento.
Penso muitas vezes sobre isso. Não penso de que maneira posso arrobar as portas do seu mundo. Não tenho o desejo de invadir seu universo. Sei que nada é tão sagrado ao homem do que a intimidade do seu eu. Não desejo e nem quero adentrar com violência os recantos do seu coração. Tenho o desejo de que você pudesse um dia com sinais e gestos que são próprios teus me dizer: “Entra, fecha a porta e senta”. Sim esse era o meu maior desejo: Ser um convidado no seu mundo. Não um estranho. Não mais um apenas, contudo o convidado especial dos lares do teu mundo.
Queria poder ver as cores ardentes dos teus pensamentos. As escadas de subida clive dos teus sonhos. E que se tivesse a oportunidade de tocá-los não seriam distantes para mim. Pelo contrário faria todos eles realidade. Realizaria cada sonho teu. Queria poder ver o rio de tuas metas. As coisas mais simples pelas quais labora continuamente. Não temeria entrar na sala escura onde residem tuas dores e teus medos. Aquele quartinho velho, aquele que todas as casas possuem. Onde se guardam os livros velhos, as coisas das quais não fazem mais uso. Queria entrar nas sombras dos teus medos. Na sala negra dos medos passados e dos presentes que escondes com vergonha de ser repreendida. Medo de ser chamada fraca. Medo de ser deixada para trás por não corresponder às expectativas dos outros. Queria poder ficar ali olhando os teus sentimentos mais sombrios e te mostrar que mesmo com eles teu valor não muda. Que também tenho medos e sombras que muitas vezes não me deixam continuar. E por mais que tenha cada um deles, maior em mim é o desejo de continuar.
Queria poder olhar as constelações do teu universo. As lembranças boas que estão contidas em cada astro de lembrança. Cada pequeno gesto em que está guardada as tuas memórias. Às singelas estrelas de tua vida. Aquelas que ainda iluminam as noites escuras da tua alma, que como pequenos pontos luminosos fazem nascer o espetáculo da tua esperança. São esses os pequenos anseios que te fazem continuar. Deixa-me aumentar o fulgor de sua luz sobre tua existência. Vamos descobrir novos entes de luz em cada novo olhar sobre tua história. Um olhar novo sobre cada pequeno ponto luminoso de tua vida.
Talvez hoje seja meu maior desejo. Poder entrar no teu mundo, nos fortificados castelos de tua vida. Não tenho pressa de fazê-lo. Esperarei o convite de teu coração ao meu. Serei paciente e quando quiseres entrarei em cada recanto de tua vida. Tão somente quando quiseres. Por enquanto me contento com você assim. Porque de todas as formas você tem valor para meu coração. E não a nada que por mais distante nos faça perder um do outro. Espero-te. Juro que espero esse dia e quando ele chegar poderá dizer: Prazer em conhecê-lo!

Para Kosmos desconhecidos ao coração, em cujo desbravamento anseia meu coração. Para aqueles que universos de distância separa,não universos físicos ,universos de vida!

2 de novembro de 2011

Apologia de um jovem pela Igreja


Segue na integra o texto de Brayan Leandro Barros. Vale a pena ler este texto que coloca por terra algumas visões irrealistas e um tanto minimalistas do serviço da Igreja em favor dos pobres. 

Oras, é muito fácil olhar uma coisa e achar "bonito" e sair espalhando por aí porque todo mundo esta fazendo e sem procurar saber como as coisas realmente são. O mais triste é que, muitas pessoas católicas ou não e que sabem que o sistema não é assim se calam por medo e muitas vezes repassando essas mentiras que circulam por aí.

Mas agora vamos aos esclarecimentos, tudo o que está escrito aqui é verdade, existem provas e fatos.
Pra quem acha que a Igreja Católica é um lugarzinho onde os padres falam "é porque Deus quis assim e pronto" aqui vai uma informação: a Igreja Católica é a instituição com o maior número de prêmios Nobel do mundo, ou seja, a Pontifícia Academia de Ciências conta com o maior número de membros laureados com prêmio Nobel sendo que foram majoritariamente escolhidos como membros da Academia bem antes de serem premiados, e quem pensa que essa academia é um clubinho onde padres se reúnem esta bem enganado, muitos dos cientistas membros, provenientes de todo o mundo, não são católicos.
E como eu gosto de matar a cobra e mostrar o pau, aqui vai o link pra quem quiser olhar e verificar: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pontif%C3%ADcia_Academia_das_Ci%C3%AAncias


Agora sobre a questão dessa foto que fica circulando por aí.
Sabia que a Igreja Católica é a Maior Instituição de Caridade do Mundo?
Nossa, que contraditório isso não?
Sabia que se a Igreja Católica saísse da África 60% das escolas e hospitais seriam fechados?
Sabia que quando a epidemia de AIDS estourou nos EUA e as autoridades não sabiam o que fazer eles chamaram as freiras da Igreja pra cuidar dos doentes porque ninguém mais queria fazê-lo?
Que no Brasil até 1950 quando não existia nenhuma política de saúde pública eram as casas de caridade que cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital?

Links: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jZeH9OQkFlY
http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/10/igreja-catolica-maior-instituicao-de.html
http://jornalpartilha.blogspot.com/2007/10/histria-das-ipsss-em-portugal.html
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223380820T2vFD3xo1Yc47NV1.pdf
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223380820T2vFD3xo1Yc47NV1.pdf

Agora, “por que a Igreja não vende tudo o que tem pra ajudar essas pessoas necessitadas ?"
Veja só, a Igreja não poderia vender o que ela tem nem se ela quisesse, os bens da Igreja Católica são patrimônio de Roma e de todos os outros países em que ela está presente, mas vamos pensar que a Igreja deva vender tudo, se for assim, talvez todos os museus de mundo também devam vender as suas artes pra ajudar no combate da miséria, talvez todos os países devam dar as suas riquezas, talvez todas as pessoas devam dar o que tem, talvez você deva dar o seu computador que esta usando agora para ajudar na luta contra a miséria.

E aí, que tal ?
E ainda tem gente que diz que a Igreja é ignorante, que não se preocupa com a ciência, que não faz caridade, que tapa os olhos diante das coisas do mundo.

Peço desculpas se alguém se sentir ofendido, mas tudo que escrevi aqui é verdade, pode procurar além das fontes contidas aqui que você vai achar também.
Mas primeiramente quem se sentiu ofendido fui alporque pessoas que não sabem nada sobre a minha fé andam espalhando essas falsas informações por aí. Portanto, eu não poderia ficar calado de braços cruzados e criei essa contra campanha.
Peço aos Católicos, aqueles que são realmente Católicos e não tem vergonha nem medo de assumir isso e a todos que concordam com o que eu escrevi sendo Católicos ou não, que divulguem minha proposta pra podermos acabar com essas mentiras que circulam por aí. Se tiverem dúvida podem me incomodar, porque o que eu souber vou tentar usar pra esclarecer.
Compartilhem.

Obrigado.
Brayan Leandro Barros.